sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Dom musical: você tem ou não tem dom?


Qual é o segredo dos músicos? Será um "dom natural", próprio de determinadas pessoas, ao passo que falta deliberadamente em outras? Determinação por si só é o bastante? Por que tantos tentaram e não chegaram a um nível satisfatório?

Estas questões são comuns. As respostas, contudo, nem sempre são plausíveis. Quem espera, lendo esta matéria, soluções prontas e fórmulas padronizadas para as indagações acima, irão ter uma decepção, contudo, exponho aqui alguns subsídios que considero válidos para nossa reflexão:

É bem verdade que nosso espírito consumidor nos estimula ao comodismo. Acostumamos-nos a ir ao supermercado, escolher o produto na prateleira, pagar seu preço e irmos embora para casa devorá-lo. Em matéria de arte isso é impossível. O caminho lógico a seguir é o da "dedicação" e esta por sua vez, é intransferível. Você pode ter dinheiro para comprar o melhor instrumento, para pagar o melhor tutor e ter todo o tempo e conforto para estudar música, porém, a tarefa do aprendizado é inexorável e cabe somente ao interessado. Este é um processo intransferível.



O que é o dom?

No conceito popular, dom é habilidade reconhecida, uma aptidão especial que alguns denotam frente a outros. Num sentido mais -- digamos -- místico, dom significa dádiva divina, um talento especial que Deus presenteia a alguém, especificamente.
O pior é que, se a pessoa não mostre já desde cedo certo resultado, na tentativa de aprender uma arte, fatalmente corre o risco de ter seu sonho castrado por acusadores que lhe "negam o dom".

Entretanto, filosoficamente falando, é inadmissível que Deus -- que é pai de todos -- privilegie uns e desmereça outros. Portanto, a capacidade inata de certas pessoas para Música, ou qualquer outra arte, precisa de uma explicação melhor.
Eu reencarnacionista e veja na lei de reencarnação a explicação lógica e exata para explicar porque há tantos fenômenos de músicos -- crianças de tenra idade, inclusive -- naturalmente dotados, sem que tenham recebido treinamento que justifique suas faculdades musicais. As habilidades especiais que despontam em certos indivíduos são consequências de aquisições em vidas passadas. Sendo o talento -- por exemplo, o talento musical -- uma aquisição espiritual, o ser leva de uma existência carnal para a continuação de sua vida, onde quer que vá.

O "dom de saber música" simplesmente não existe. O fenômeno do dom é, portanto, a manifestação de uma aquisição pretérita, de forma que asseveramos sem titubear que as capacidades artísticas adquiridas são conquistas pessoais, formando um verdadeiro patrimônio espiritual, que nada e nem ninguém poderá corromper, e do qual você poderá usufruir pelo resto da eternidade.


Tenho dom ou não?

Sou convicto ainda de que Deus criou a todos pelo mesmo princípio e todos capacitados para adquirir todos os talentos. Tivemos uma infância espiritual e atravessamos várias reencarnações para aprendermos o que já alcançamos e certamente teremos quantas outras forem necessárias para alcançarmos as nossas metas.
Dessa forma, todo o esforço é válido para a aquisição dos dons. Os novatos de outrora podem hoje se melhorar para se tornarem bons e talentosos; os bons de outrora podem hoje se requalificar e se tornarem excelentes; os já excelentes podem hoje se confraternizar com os neófitos e melhorar a nossa vida social, pois que as artes -- sobretudo a Música -- são poderosas propulsoras da evolução.
Respondido? Sim, mas faço questão de enfatizar. Todos nós temos latentes em nosso ser espiritual as capacidades de aquisição de todos os talentos. Cada qual, em seu estágio evolutivo atual, e em suas condições particulares, pode aproveitar a oportunidade para iniciar seu curso musical ou, para os já iniciados, se requalificar, tendo todos a certeza de que, com vontade, esforço e perseverança, alcançaremos os limites que houverem para a mais alta perfeição da Música, bem como de todas as artes.

E o tempo passa...

Você já sentiu algo parecido ao que sentiu um iniciante de técnico de hardware depois de concertar o primeiro computador? Executar dois ou três compassos e as pessoas em seu redor reconhecerem imediatamente a música é a mesma sensação. Só que isso pode demorar o suficiente para desestimular o iniciante e comprometer a certeza de sua vocação. Pensando nisso, uma técnica usada para o instrutor motivar o aluno é fazê-lo executar pequenos trechos práticos de músicas conhecidas, ligando uma seqüência de notas a vários exemplos.
Pressa é uma prerrogativa dos tempos modernos. Todo mundo tem. Por trás dela está algo camuflado: impaciência. Uma coisa é você ter que fazer as coisas rapidamente pela própria exigência da natureza e outra é não ter paciência. Desejar dominar música o mais depressa possível não é errado. Mas neste caso, não há carência de urgência.
Importar-se com o tempo demasiadamente só vai atrapalhar. Todos os meu alunos me perguntaram no primeiro dia de aula "quanto tempo vou demorar para aprender". Respondo perguntando: "Se eu dissesse dez anos, iria desistir?". Se ele desistir a década passará tenha ele aprendido ou não. E no décimo ano ele lamentará não ter perseverado. Então, se hoje a partitura é um bicho-papão para os seus olhos, lamente o fato de não ter aproveitado tão bem a sua encarnação passada estudando partitura; desperdice seu tempo hoje e terá uma futuro de lamentações a penar.

Acessibilidade
Não faz muito tempo a Música era destinada aos nobres. Até mesmo dar uma espreitadela a um instrumento musical era digno de cerimônia. Nunca foi tão acessível aprender música e praticar instrumentos quanto a atualidade. Talvez por isso se deu a banalização e hoje em dia proliferam os pseudos-músicos dizendo-se "artistas".
No entanto, a geração atual o tem e você é mais uma esperança para que a Música -- pura arte -- possa ser bem explorada. Não desperdice sua chance.

Adiante, alguns músicos prodígios:







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